Polícia Civil cumpre mandado na prefeitura de Chapada e prende 4 pessoas

Reprodução Prefeitura de Chapada foi alvo de busca e apreensão da Polícia Civil

 (Atualizada e corrigida) A Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na Prefeitura de Chapada dos Guimarães e também prendeu 4 pessoas por força de mandados de prisão preventiva. Entre os presos estão Joel Santos de Souza Neves, irmão do prefeito afastado, José de Souza Neves (PSDB), a chefe do setor de licitações, Leila Aparecida de Oliveira, a servidora Maria Tânia dos Santos e a empresária Miraci Teles, dona do Supermercado Suprilar. Leila é esposa do vereador Ailto Fernandes de Oliveira (PSD), conhecido por "Berimbau", que por sua vez está afastado da Câmara, pois está no comando de uma secretaria.

Conforme as primeiras informações, as irregularidades dizem respeito a licitações para compras de alimentos efetuadas pelo Município, porém em quantidades bem acima da demanda. Os mandados foram expedidos pela juíza Silvia Renata Anffe Souza, da 1ª Vara de Chapada dos Guimarães e cumpridos na tarde desta sexta-feira (6) pela Delegacia Fazendária com o apoio do delegado de Chapada, Bruno Lima Barcellos. Os presos foram encaminhados para Cuiabá. Da Prefeitura foram levados documentos referentes à gestão do prefeito afastado pela Justiça desde o dia 9 de maio.

Conforme o Gazeta Digital apurou, as denúncias de irregularidades nas licitações que apontam para um conluio dos servidores com a dona do mercado chegaram primeiramente à Câmara Muncipal de Chapada. Alguns vereadores foram fiscalizar e logo acionaram a Polícia Civil. "É muito desvio de dinheiro nessa prefeitura", disse uma fonte parlamentar do Legislativo Chapadense que pediu para não ter o nome divulgado.

Ela disse à reportagem que Leila, a esposa do vereador, é responsável por assinar as ordens de compras para todas as secretarias municipais e estaria envolvida nas fraudes. O irmão do prefeito afastado, de acordo com a fonte, é secretário municipal de Agricultura e também seria chefe de gabinete na Prefeitura. Em seu perfil no Facebook consta a informação de que ele trabalha na Prefeitura de Chapada dos Guimarães. 

“ A gente recebeu na Câmara uma lista de várias compras irregulares. Só pra citar um exemplo, constava a informação de que no ano passado foram compradas 2 toneladas e meia de arroz para a prefeitura", revelou a fonte que tem mandato na Câmara Muncipal.  Conforme as informações preliminares, os acusados agiram em conluio para direcionar uma licitação para compra de alimentos, na qual o Supermercado Suprilar foi o vencedor. Além  do possível superfaturamento na licitação, há suspeita de que os produtos não teriam sido entregues. A Polícia Civil não deu detalhes sobre a operação. O delegado Bruno Barcellos disse que estava no meio dos depoimentos e em outro momento irá se pronunciar sobre as prisões. 

 Mais informações neste sábado (7)

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