08.06.2014 | 13h00
Foi a relação entre a Global Participações Empresariais, de Fernando Mendonça, com o empresário Gércio Marcelino Mendonça Junior, o Junior Mendonça, que colocou a empresa no rol dos investigados pelo Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) no ensejo da Operação Ararath, que apura crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.
As investigações partiram da relação de sociedade entre a Global e a Comercial Amazônia de Petróleo, de Junior Mendonça. No relatório da PF, a suspeita era de tentativa de ocultação de uma sociedade de fato entre Fernando e Junior.
Ambas as empresas eram credoras da Destilaria de Alcool Libra e, diante de seu encerramento judicial, uma de suas proprietárias procurou Fernando e Junior para oferecer um terreno da Operação Urbana Consorciada Ribeirão do Lipa para quitação do débito. O instrumento de cessão de crédito foi apresentado, mas segundo Fernando, como as cláusulas de repasse da área não foram cumpridas, nenhum contrato foi assinado até hoje.
Contudo, o que chamou atenção das autoridades policiais foi a venda de um terreno de propriedade da Global. Conforme registro de Escritura de Compra e Venda, a área teria sido repassada à empresa de Fernando por R$ 35 mil.
Menos de 1,6 ano depois, o terreno foi vendido a Junior Mendonça. Apesar da escritura apreendida na Comercial Amazônia de Petróleo, na fase inicial da Operação Ararath, em novembro do ano passado, destacar que o valor da transação foi de R$ 500 mil, Fernando Mendonça confirma o valor pago corresponde ao assinalado no contrato de promessa de compra e venda, assinado alguns meses antes, no total de R$ 1 milhão.
Contudo, o valor não foi repassado diretamente a Fernando, e sim ao seu amigo Eder D’Agostin. O empresário explica que havia sido procurado por Junior, interessado em adquirir a área e lhe ofereceu pelo valor de R$ 750 mil, valor que foi recusado. Poucos meses depois, Junior Mendonça voltou a procurá-lo para fechar negócio, no entanto, conforme percebeu a valorização de sua propriedade no mercado, declarou ao empresário que o terreno havia sido vendido a D’Agostin.
A este, Fernando pediu, como favor, que confirmasse a história e oferecesse o terreno por R$ 1 milhão, sendo que desta vez, Junior aceitou a proposta.
Segundo Fernando, a diferença de R$ 500 mil da transação foi devidamente depositada na conta da Global, proprietária do terreno e que teve os impostos devidamente recolhidos. Já a diferença entre o valor recebido e o escriturado ocorreu por opção do comprador.
Sobre a conta conjunta com Junior Mendonça, que também chamou a atenção das autoridades policiais, apesar da movimentação de apenas R$ 135 mil, Fernando explica que tratava-se de uma conta destinada aos custos de manutenção de uma aeronave que tinha em sociedade com um grupo de empresários do qual Junior também fazia parte.
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