09.03.2007 | 03h00
O traficante José Maria Machado, condenado a 51 anos de prisão, está em regime semi-aberto desde o final da tarde de quarta-feira (7). O pedido para progressão do regime foi feito pelo advogado dele, Ricardo Monteiro. Por determinação da Vara de Execuções Penais, ele deixou a Penitenciária do Pascoal Ramos, em Cuiabá, e vai poder trabalhar durante o dia e retornar, às 18h, para a Casa do Albergado. Caso deixe de comparecer à unidade prisional, ele poderá perder o benefício. "Se houver quebra dos critérios, ele pode até mesmo voltar para o regime fechado", explica Monteiro. A Lei de Execuções Penais garante que após o preso cumprir 1/6 da pena a que foi sentenciado ele poderá requisitar o benefício. Após ser submetido a análise psicossocial, o detento pode ser agraciado ou não. Machado tinha bom comportamento e também trabalhava limpando o presídio.
O fato de trabalhar ajudou na remissão de pena. Ou seja, a cada 3 dias trabalhados, ele perde um da pena. Além de tráfico de entorpecentes, José Maria Machado responde por vários homicídios que, em suas origens, teriam como motivação a queima de arquivo. Ele chegou a ser ouvido na CPI do Narcotráfico local como um dos principais controladores do crime organizado na região Oeste do Estado.
José Maria Machado é apontado como sendo um homem extremamente rico. Ele foi acusado de matar o pai e a esposa de uma de suas ex-mulheres, Márcia Mônica Pires de Almeida; um de seus motoristas, Adão Ferreira; e um de seus vizinhos, Eduardo Ricci, conhecido como "Belezinha".
A ex-mulher dele, Márcia, também prestou depoimentos na CPI como testemunha e denunciou Machado como responsável pela morte de seu pai e pelo controle do tráfico de drogas em São José dos Quatro Marcos.
Segundo os depoimentos de Márcia, para se proteger, José Machado se utilizava de uma estrutura formada por juízes, policiais e escrivães, que eram encarregados de evitar que ele fosse autuado, investigado em inquéritos ou condenado pelo crime de tráfico de drogas.
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